MEDIANA
Que duras penas
Carrega a mediocridade
Que na ânsia de ser
Transpira espécie de nodosidade
Aspergindo certa voracidade
Numa aleivosidade
Carregada de ansiedade
Que tenta cobrir uma falsidade
Latente em seus poros.
Ao que tentar o conhecimento
Vai-se deparar a qualquer momento
Com um misto de sentimento
Profuso e confuso
Que pode virar tormento
Ou um breve e fugaz alimento
De esperança.
Mas, por fim, no fechar do entrudo
Palavras são apenas, e brevemente
Quimeras perfumadas
Lançadas entre brumas
Sopradas
Tangendo um falso arco íris
Feito de sombras medianas.
29/08