901 Bailarina
No meio da pista de dança
distinguia-se ela,
Bailarina.
Sacerdotisa de Vênus,
seus movimentos eram ritos:
dançava o tronco,
não bastavam braços, mãos, pernas e pés:
bastões.
Dançava ainda a expressão facial.
Olhava para o infinito
vendo o ali e o acolá:
sentia o gozo divino.
O corpo era êxtase.
A música com ela copulava.
Nardo Leo Lisbôa
Barbacena, 21/12/2000
Caderno: Poesia Efervescente.