Por acaso
Sopro de vida
Vem assim de repente
Cor e forma de ser,
Olhei aquele corpo inerte
Semblante sereno
O que foi?
Como foi?
Pelo corredor da morte
Passou,
Pela vida representou
A essência
Da matéria,
A estada
Pareceu lhe breve,
Olhares de ciumes,
Pena,
Tristeza,
Mas tu viveu a viva plena
A morte foi desculpa
O que importou lhe a culpa?
Bastou um sopro de vida
Para encher a bexiga
No mundo ingrato
Enfeitando o universo
Do descaso,
Que por acaso
Esse poema faço.