vulto
o vapor dos deuses
sangra o corpo do
tempo, esquarteja
seu braço pedinte,
cospe em suas pernas,
o vapor dos deuses
cruza como um raio
essa agonia que sulforiza
o coração, rasga, come,
escomunga a viga que
engana o crasso que
invande, cinicamente
cospe no prato dos
visitantes, o vapor dos
deuses se dentra onde
não tem dentro, circula
o que não é circular, dança
no que não dança, não
tem compromisso com
a forma, nem mesmo com
a reforma, lançam bolas
de fogo sobre o tédio das ruas, fogo, granadas
de luz, pedras de brasa, armando
o mundo das coisas que acendem