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Desperto estou

e posso ouvir o barulho dos homens.
Mas não ouço o som do martelo
e nem sinto a frieza do mármore.
Eu canto apenas o silêncio das pedras,
que de longe me convidam
a uma contemplação suprema.
 
Talvez uma epifania emblemática.
Quiçá, uma confusão efêmera.
Agora tenho as minhas mãos unidas
e o nome de Deus comigo.
E assim tenho sobre mim
uma força emergente,
que me faz pensar nas erupções do Etna.
 
E eu penso
sem querer pensar
no berço que embala as pedras.
E eu penso
sem querer pensar
nas ruínas das palavras.

 
23/08/2016
 

Nota:
Por um motivo especial, não atribuo título a este poema.

 
 
Imagem: Google.