Domingo
É saudade tola
Um fio de azul no fim da tarde
E olhar pela janela
E ver a praça deserta de sentidos
É saudade tola
O cheiro do molho, os olhos vermelhos
A casa com suas almas irmãs, em comunhão
Tudo é tão igual, que destoa de tudo
A gente se abraça, fala alto, ri
É saudade tola
A lágrima que banha a vida toda
O café fresco, o silêncio das línguas
É saudade, é tola, é saudade
A tristeza não fala a nossa língua, é estrangeira
Milton Oliveira
Agosto/2014