Domingo

É saudade tola

Um fio de azul no fim da tarde

E olhar pela janela

E ver a praça deserta de sentidos

É saudade tola

O cheiro do molho, os olhos vermelhos

A casa com suas almas irmãs, em comunhão

Tudo é tão igual, que destoa de tudo

A gente se abraça, fala alto, ri

É saudade tola

A lágrima que banha a vida toda

O café fresco, o silêncio das línguas

É saudade, é tola, é saudade

A tristeza não fala a nossa língua, é estrangeira

Milton Oliveira

Agosto/2014

milton antonios
Enviado por milton antonios em 26/08/2016
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