A ULTIMA VIAGEM
(Socrates Di Lima)
Na estacão da minha vida,
um apito estridente soou...
Era a minha despedida,
De uma estacao que atras ficou.
Tantas primaveras,
Veroes e outonos,
Invernos e quimeras,
Longe de abandonos....
Tantas noites quentes,
Que a alma no corpo se queimava,
Desejos loucos e ardentes,
Quando ao amor, amava....
Quantas tardes de loucuras,
nos encontros dos corpos nus em fomes...
Tantas e tantas aventuras,
com nomes e sobrenomes.
Foi-se ao longe, o tempo fertil...
de um amor de seducão...
Como o fogo de um projetil,
Amor de perdicao.
E la na estacao da vida...
Que o temo guarda na imagem...
A ternura que o carinho no peito faz guarida,
Trazendo na mochila doces lembrancas,
para num futuro de esperancas,
relembrar os feitos da minha ultima viagem.