Livre-arbítrio

Eu posso abrir mão das minhas conquistas pessoais,

Arquivar, num espaço qualquer, a mulher que me tornei.

Eu posso fingir sentimentos que não tenho,

emoções que não sinto.

Eu posso ignorar cada uma das minhas cicatrizes.

O que eu não posso é acreditar que, de tal modo, serei feliz.

O que eu não posso é retornar a borboleta à clausura, após a mesma ter rompido, duramente, o casulo que a aprisionava.

O que não posso é manter-me acorrentada após descobrir o que me encarcerava.

Se agora, asas me foram dadas, devo me permitir voar.