universo

no intestino

da noite

o gemido

de seus gases,

gasolina nas patas

dos germes,

dor

pus,

gozo

labirinto

pulso que pulsa

nas folhagens da desordem

ainda se fala de

amor nessa cólera

gosmenta,

vai, barco singra

esse mar, pois os marinheiros

querem logo chegar,

a vida urge

em tramas de cimento,

nesse momento

nesse tempo

nessa hora,

nesse instante,

nesse ínfimo ponto

que universo todo dói

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 23/08/2016
Código do texto: T5737864
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