890 ENCOMENDA
ENCOMENDA
Pediram-me
para eu poetizar
por encomenda
– como quem encomenda um artefato –
POESIA
não é produto.
– é ser, é fada, é deusa –
Ela chega me invadindo ganhando corpo
– o meu e o do texto .
Invade a mente e toma minha mão
– como a amante romântica ao do amado –
Aprecio a sedução.
Quando me encomendam
– às vezes –
faço.
Faço por dó.
Faço por esmola.
Nardo Leo Lisbôa
Barbacena, 08/12/2000
Caderno: Poesia Efervescente.