contemplação

o rio empurrava

o vento com cheiro de maré.

estalavam palmas,

as jussarras,

como a acenar para nuvens

em procissão.

lá pro ocidente

algumas se amontoavam

em reunião

festejava,

na tarde alaranjada,

um colorido varal,

no ar, perfume de lavanda

ria hegemonia

da cadeira balançando

na varanda

uma senhora

engarrafava momentos,

como se o tempo

estivesse disposto

a esperar

introspectivamente,

se detinha

em cada folha que caia.

no chão,

em cada sombra

que surgia

nada,

nada daquele

olhos,

se perdia

o vivo quadro,

naquele tempo,

que eu não entendia,

na verdade

embriagava

aquela senhora,

de poesia.

*x*Poesia; minha palavra preferida*x*

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 22/08/2016
Código do texto: T5736089
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