SOLIDÃO DE POETA

Solidão de poeta

É papel e caneta.

É o traçar do verbo

Para achar nas internas discordâncias

A concordância de suas palavras externas,

E enfim, encontrar nelas, musas para companhia.

Grafia quente ou fria? Não importa,

Desde que não esteja o poeta, sozinho.

A mão escreve, o papel se enche

E o poeta se aquece em delírios.