Longas conversas...Longos Versos
"Em harmonia neste ser,
centro,
Sentidos e sentimentos...
Longos versos,
Conversas..."
Vem a alegria
sem nada aparente
Antecede
A tristeza,
Chuva se esvai
Correndo ruas
Tédio em repartição,
Onde o relógio
O tempo segura.
Olhastes de lado
Conversas desconhecidas
O silêncio seria aceitável
Sua negada companhia.
Fria manhã de agosto
As horas repetem sempre;
As de ontem
sumiram,
O Tempo parece um
pensamento,
fecha os olhos,
Desaparece.
Chove lá fora
Os ponteiros
Finos molhados
Se repelem em agonias
Estágio probatório,
ponto da melancolia.
Desespero não existe
Nesse momento,
Se vier deixarei passar
Nessas águas
Que correm na calçada
A fome dentro começa apertar.
Talvez seja a hora de almoçar.
Lembro do meu amor
Tão longe de mim se foi
Penso com ternura
Naquela figura...
Franca
essa imagem favorita
Que tanto meu coração teima
Em facetas de alegria.
Insistências,
Valei me Deus para ter paciência
sentimento por um fio
Mantem a vela acesa,
derretendo a cera.
Se eu fosse um navio
Navegando em suas águas claras
Encostas em pedras lisas
Soltam suas velas em seguida,
No mar o perigo vem do fundo
Mistérios que insisto não cantar
No raso encalha nas areias
Das paixões feridas
No cais descansa sua viagem
Preterida;
Amo tudo que vejo
Aos olhos do coração,
lampejos
Mas dele a pulsação,
E solidão.
Sua pele envelhecida
Sua carne ainda macia,
A esperança morre
E o sol vem com sua
Fornalha
Incendiando as lenhas
Desse dia.
Digo que move se
O meu corpo vibra
no sexo da adrenalina
Essas sensações
mantem febre
Ardente,
o maior dos prazeres
No corpo incendeia
caldeiras
No lastro do meu navio,
letras que respinga.
Eu te amo...
Palavra vulgar nessa hora,
Onde esta esse corpo cansado?
Se na juventude muito lhe
Fora negado...
Passo, Passado ,,,,Passou
Hoje sou quem sou
O que meus olhos não
Podem ver
Minha alma nasce e voa
Até o alvorecer.
Medo tenho
Das derrubadas das arvores frágeis
Do tempo com raízes rasas
Suas folhagens
Caem sem profundidade.
Bem perto
Veleiro, barco ou navio
Na praia
Nenhum deles.
Nem o barco nem o marinheiro
seria grão de areia
Na humildade de estar aqui
O vento com certeza
Levará minhas pegadas
Marcadas no chão
Da chuva que passou
Dando asas a minha imaginação.
O poema no abstrato diz alto
O que a boca não fala
E o sentimento disfarça. ..
*FOTO de perfil 30/07/2016 ....*