880 Falso Anjo

Falso Anjo

Entrou pelo basculante aberto.

Lindo. Alado. Irisado.

Forma angelical encantadora.

Pousou.

Foi despindo a fantasia.

Tirou as asas.

Revelou-se.

Monstrengo!

Parecia o próprio demônio.

Estava pronto para devorar todos os móveis do quarto.

Desencantei-me.

Peguei o inseticida e o borrifei.

Estava morto.

Pobre maldito cupim!

Foi anjo. Foi demônio.

Estava para sempre inerte pela Deusa Morte.

Nardo Leo Lisbôa

Barbacena, 04/12/2000

Caderno: Poesia Efervescente.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 19/08/2016
Reeditado em 14/09/2016
Código do texto: T5733344
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