Esvairir- se
Na difícil respiração,
Meu peito a gemer...
Grita meu coração,
"- Tenha força em viver!"
Aquele fôlego de ar,
Concedido pelo Criador...
Dificulta o respirar,
Quanto mais sinto dor!
E tantos anos dispensando,
Minha energia positiva...
O doce do meu sangue acabando,
É o preço por ser sensitiva!
Algumas vezes eu sinto,
A alma definhando...
Um chamado do infinito,
Diz: "Segue sempre caminhando!"
O corpo esgotado,
Não consegue reagir...
Às vezes, tão flagelado,
Parece que vou partir!
Eu olho para o céu,
Os gatos a volta que brincam...
Na boca o gosto de fel,
Dores: Mil agulhas que picam!
Nas costas chicotadas mil,
Esmagada a coluna...
O sangue amargo e vil,
Uma perna como pluma!
O olhar reflete tristeza,
De vários anos de sofrimento...
Mas, no brilho a clareza,
Do fim de todo tormento!
Alma Nua,
Sexta- feira, 20 de Julho de 2007, 23: 37