PLATÔNIO QUER A FLOR 5
PLATÔNIO QUER A FLOR
E vejam... "nossa senhora"... intusiasmada
fazendo pecadilhos na rua
estribilho das estrelas distorcidas
que envolvem toda estrada nua
deixando-me perto do fim
quase alcançado desejo frutífero
aroma das noites quentes
onde a agua ferve também
num solo fantástico de perfumes
ele deixa-me fraco respirando
somente pelo que posso abrir
do meu corpo preso do centro
nervoso e atento a tudo que invoca
miríades de palavras quero dizer e não posso
não passo de um intocado
invalido contido num canto
sem melodia ainda por diante
eu trafego na margem contrária
por favor um ajuda qualquer
você tem um lugar onde eu possa ir
e ela vem sorrindo
como as trevas do inferno
como vampira me sugando
ela vem vibrante turbulenta
despista por um minuto
meu fajuto disfarce maltrapilho
não cheirando a nada
por pouco muito pouco
ela desviou o olhar acima
como quem procura aquele
cheiro da doença jogada que
tem carne mas perdeu a vida
a vida do estorvo princípio de nada
que apenas comove
por que atrapalha visões
perdidas do mundo vestido
desta vez sofri por causa de mim
desta vez lamentei não ter
mal cuidado do fim
poderia ter atraído um desastre forçado
distraio ameaças do irromper
do sufoco me torno louco e deixo
suas moedas caírem
ela me xinga me desassossega
me condena então posso
viver tramando minha ideia
sem ter ela me contando
como alguma história
que precisa ser lembrada...
MUSICA DE LEITURA: Kirk Fletcher - I Smell Trouble