DESEJO CRUEL

A sensibilidade só me toca

Quando esbarro com o "errado"

Esse me fragiliza

Por ter feito tudo ao contrário.

Dói saber o certo

E enxergar barbaridades

Façanha, dupla face

Entre a malícia há o melado da ingenuidade.

Esse abominável

É fantasma sobre a luz

Capa para o sol

Estuprador que conduz.

Primeiro alinha duas vidas

Faz do foco a comparação

Implanta dúvida na nossa mente

Tira nota dez em interpretação.

O querer dele é amostrar

A facilidade do seu persuadir

Quando fisga segura firme

Para juntos ao inferno ir.

Rir endemoniado

Alimenta-se de pecados

Saboreia a refeição

Sente o prazer de sempre ter mais um refém em sua prisão.

ADRIANA ANDRADE
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 18/08/2016
Reeditado em 19/08/2016
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