C E L A
Deitado sozinho
em meu catre singelo,
olho o teto.
Olho o teto amarelo e o quarto vazio
brutalmente despido,
onde tremo de frio,
onde o dia é sombrio,
pois o sol passa ao longe.
É uma cela.
É uma cela amarela,
uma cela de monge rodeada de grades.
Grades tênues
- preconceitos,
que cerceiam os meus direitos,
e me tolhem a liberdade.
. . .
Correndo entre frestas,
Das ignorâncias alheia,
Tento livrar-me da teia,
Que a escuridão é certa...
Das ignorâncias alheia,
Tento livrar-me da teia,
Que a escuridão é certa...