Imaginário
Não te quero mais em pensamentos e sonhos
pois de fato tu não vens...
Encontrar os lábios em carne
ainda macios que te espera
somente em desejos
ao ver-te em fastio
mais que depressa
e insistência esquivar-se.
As horas alongadas em espera
já me doem o peito
pesam as costas
e perpetuam minha caminhada
envelhecendo a alma.
As longas conversas dissociadas de apreensão
em compatibilidade vitoriana perdem-se no tempo.
E ao evitar e fugir
saem da boca, caem no banco
e se aglomera no chão
junto da noite e a escuridão.
Não insisto.
Não seguro .
Deixo voar a imagem da caminhada
ao luar, por hora em risos
debaixo das copas das arvores
nos assustando menos
que o vão do esquecimento
ou de não lembramento.
Que tormento ser visto e não conhecido
reconhecido, distorcido, parecido,
embebecido.
Conquanto, nesse esvaecer e desesperança
perde-se algo... aqueles antigos contos.
mas não morre a vida.