Ando no meio da multidão
Como se quisesse livre ser
Traçado na essência em tempo
E sem entender a linha egoísta
No pensamento que flagela
Por trás da minha angústia
Ando no meio da multidão
Estranho os absurdos que penso
No eco dos anos fechados
Viajo em partes e sublinho etapas
Posso fazer e surpreender
Na junção dos meus atos
E no passado não me encontro
Sinto um certo prazer
Viajo numa onda de contemplação
Parece que ando em versos
Numa abstração poética
O tempo venta e apaga
Abraço tudo que me resta
Ficaram vários desejos
E com fé tudo procede
Nas formas invisíveis
Dos sonhos não sonhados
Destruindo os conceitos velhos
Vejo uma grande deformação
Nas aberrações destorcidas
Eu não temo o mundo
Desejo abraçar a lua
Entre o abismo do meu olhar
Numa luta de esperança
No brilho do manto em vida
Para encher céu terra e mar
De ótimas vibrações
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