Arde-me a alma


Rasgam-se véus em céus abobados,
Jazem tristes letras nos versos calados,
Não vistos, não escritos, não pensados
No fogo que arde alto no monte,
Mãos sujas, calejadas, corpos cansados
Almejando descanso e alguém que conte,
Estou bem, apensa exausto, com fome,
Inferno que continuamente me consome!
 
Gritam aqui d'el rei, aqui ninguém vem…
Onde limpavas ontem proprietário?
A quem compete a tua prevenção?
Gente de bondade, não tenho salario,
Se combato não é por mim, é compaixão…
Amor à doação do meu tempo a ti mesmo…
 
Não busco medalhas, muito mesmo reconhecimento,
“que não veja a esquerda o que dás com a direita”
Apenas pedimos na prevenção mais empenhamento,
Para que o fogo não continue sempre à espreita…
 
É verão, onde esta o valor da amizade,
Juntem-se, ajudem, olha a solidariedade,
Descansando a mente muito podemos fazer,
Tendo em nós cuidados não deixaremos arder!
 
Não condeno apenas o assassino,
Mas também quem lhe ofereceu a arma,
Que permite que com apenas um tiro,
Queime tanta e tanta área…..
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 16/08/2016
Código do texto: T5730018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.