Vertigem
Cair de um abismo em outro
Rodopiar ao sabor do vento, inócuo
Vomitar o que sei por não suportar mais o saber
A própria vida embota-me os sentidos,
O sopro do vento macula o equilíbrio do corpo
O corpo não mais me pertence assim como a mente
Embaralhada,
Rodopiar ao sabor cataclísmico da morte, à espreita
Cair infinitamente no vácuo
O almoço que não faz bem, náuseas
Vomitar o que não posso mais engolir, pois é podre
Viver não passa de uma sucessão de vertigens