um pouco da vida
A roda
cada volta que a vida dá, temos que parar a manivela, e pensar, o que aprendemos, o que podemos fazer diferente, que erro cometemos nesses anos, porque o erro cometido nos traz muita dor, porque nos tira do caminho e muitas vezes tira do outro também a chance de prossegir. As mudanças acontecem todos os dias, novas percepções, alguma coisa que antes não nos machucava, passa a nos incomodar, o contrario também, muitas situações que antes nos torturavam ganham ares de normalidade. No seio de tanta impermanência existe nossa necessidade de segurança, não queremos nos dar conta que mudamos e algumas pessoas estão diferentes que algo também se estabeleceu nas relações, algo intruso que demoramos a saber do que se trata. É importante compreender esses dois aspectos da existênica, nossa necessidade de constância e as mudanças que sempre acontece nos grupos e nas pessoas. Trazendo essa informação para consciênica não vai deixar de produzir estranhesa na nossa cabeça, mas vai nos dar um senso de sabedoria que nos manterá com a mente mais tranquila.
o vazio.
tem momentos que a vida se revela completamente vazia, somos tomados por tédio insuportável. Pessoas que antes nos eram prazerosas , de repente, perdemos a vontade de estar com elas, como se algo quebrasse dentro da gente e nossos sentimentos se escondessem, se negassem a fazer contato, ou aquele contato prazeroso, . Isso é natural, principalmente quando não prestamos atenção e não percebemos a deterioração da relação. Esse fato, mesmo negado, se torna presente, como uma angustia, um estar sozinho, um tédio, que nos cala profundamente. E isso tem motivos, temos medo de saber o que está acontecendo com a gente, porque não queremos tomar atitudes que coloque nosso senso de repetição em risco, que nos force a sair de nossa zona de conforto, que sendo desagradável, nos é conhecida, e isso, por absurdo que pareça nos faz sentir seguro, pois o que está cristalizado como algo automático nos diminui a responsabilidade, e claro, temos receio de ferir as pessoas que estimamos.
Claro que o vazio não acontece simplesmente em relação as pessoas, também na relação conosco. Como tudo envelhece, nossa maneira de se colocar no mundo também, ou nosso jeito não dá mais prazer ou não é funcional no mundo, e que nos dá frustração, um sentimento que não tem relação com a vida, mas com o seu truncamento, como se fosse uma lombada entre você e a satisfação.