PERTO DO FIM

PERTO DO FIM

O azul já não importa

O cinza idem

A chuva ou o sol

O calor ou o frio

Tampouco

O tempo já não tem relógio

O olhar está perdido

Quem sabe em outra época

Em que cores e sensações

Eram sempre presentes

Vistas com vigor

Na juventude longínqua

Agora nada sente

Vive sentado

Esperando a cessação

Do passado em que vive

Num futuro que espera seja repentino

Para quem sabe volte a ser menino

E possa olhar céus coloridos

Tempos dessemelhantes

E nunca como dantes

Voltar a existir

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 15/08/2016
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