PERTO DO FIM
PERTO DO FIM
O azul já não importa
O cinza idem
A chuva ou o sol
O calor ou o frio
Tampouco
O tempo já não tem relógio
O olhar está perdido
Quem sabe em outra época
Em que cores e sensações
Eram sempre presentes
Vistas com vigor
Na juventude longínqua
Agora nada sente
Vive sentado
Esperando a cessação
Do passado em que vive
Num futuro que espera seja repentino
Para quem sabe volte a ser menino
E possa olhar céus coloridos
Tempos dessemelhantes
E nunca como dantes
Voltar a existir