a tarde
a tarde
esmurrada
pelo peso
de tantas vozes,
vozes da entranhas
do mundo, vozes que
já dera de cara
com tardes
que no corpo come
as pernas
que andam nas lâmpadas
amor,
que linda teu sono
não durmo como tu
mas durmo da minha maneira
estraçalhada ( é da tarde que volto
a falar,
que vejo pelas janelas de vidros
que suas cortinas de plásticos
que mais rebela
que esconde o desejo
a tarde emborca
se impõe à janela
diferente
da moça
do manuscrito
que passa quando quer.
entre um
raio de vida
e outro de desejo,
derreter o medo,
corta-lo
ficar com a tarde e menina
(que passa quando quer)