Não há ninguém ao portão;
             as secas desbotam as leiras,
ecos de cores ainda vibram no sem cor das ruínas
que nada contam,
não provocam  imaginações  de leves estórias
     aos breves passantes que, sem ver,
               para ali olham.
 
Paro, em um intervalo de espanto,
diante  da alheação congelada daquilo que, um dia,
foi fogo, sombras , odor em “mil e um atos”.
    ...   uma borboleta brota  na flor de cinza da Hora
          ruflando pigmentos fúnebres
          no espanto que ainda me pausa.
         
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 15/08/2016
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