POESIA NO DEDAL
Boas maneiras
Respeito aos canastrões
E às chaleiras
* * *
Escutei meu grito
na surdez desatenta
do aflito
* * *
Para essa horda
cada pescoço
uma corda
* * *
É quase uma regra:
a moral, com o tempo,
se desintegra
* * *
Inevitável.
A vida é grave
e irremediável
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Aumenta o horror
com inveja
da tua dor
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Pulverulenta e bisonha
natureza morta
de vergonha
* * *
Por mais que me desbrave
só portas bem fechadas
sem a chave
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Ásia com azia
não é um mal em si.
Eu não sabia.
* * *
No baile dos desmascarados
dançam penosa quadrilha
coxinhas e encoxados
* * *
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