Pesca infeliz
Algo pardacento,
apodrecido,
fede na escuridão aterradora do rio.
A névoa traz como que um presságio aterrador.
O medo, toma conta do pescador esquálido,
sua testa engilhada pelo sol causticante do dia,
agora sangra de tantas perdas naquela noite infeliz.
Um grito horroroso singra a escuridão
e o homem cai no fundo da canoa, enrrigecido,
com olhos arregalados.
Ao largo uma sombra chega veloz, aproxima-se,
olha o desesperado
e com um só golpe de foice
retira-lhe a alma