Fingir
Uma poesia...
Não minha, nem tua, desliza...
Nas pontiagudas esferas escritas em azul, um amargo fel...
Marrom, em outras dores, cores...
Tinge a fragilidade em brandos brancos...
E tudo bem...!
Sempre bem...!
E nos fundos dos poros dilacerados...
As digitais enrugadas de carinhos que se perderam
E se reconciliam perdidos, numa só busca...
Um pequenino amor, a chama desfazendo...
Apagando...
Seu fio de luz na fumacinha resta outra luz...
Seu pavio...
Molhado...
Neste úmido Universo frio...
Uma pedra escrevendo sobre a pétala...
Versos de costa...
De frente seu esconderijo...
Sonhos que cedem à paixão de esquecer...
A cadeira de balanço tempo...
Nina...
Adormecendo a esperança...
E desperta vez ou outra realidade fingida...