NOBRE HOMEM
Ruge o pêndulo da praça
O vento sopra voraz
O carcereiro visita a cela
É chegada a hora do rapaz
A multidão grita com fervor
Ouve-se a carruagem chegando
Vem o rei com sua dureza
A morte decretando
O jovem rapaz baixa o olhar
Seus olhos lacrimejando
O rei ri-se dele
E prossegue zombando
_Isto é que dá ser burro
Negou se defender
Agora segue para a morte
Sem nada poder fazer
O rapaz levanta o rosto
Entre soluços se põe a falar
Não demorou muito
E todos se puseram a escutar
_Oh! Meu rei terreno
Não sou burro não
Se não te digo alguma coisa
É que tu não podes me dar a salvação
Confio no rei de cima
Só ele pode salvar
Mas se concede a mim a morte
Como posso reclamar?