NOBRE HOMEM

Ruge o pêndulo da praça

O vento sopra voraz

O carcereiro visita a cela

É chegada a hora do rapaz

A multidão grita com fervor

Ouve-se a carruagem chegando

Vem o rei com sua dureza

A morte decretando

O jovem rapaz baixa o olhar

Seus olhos lacrimejando

O rei ri-se dele

E prossegue zombando

_Isto é que dá ser burro

Negou se defender

Agora segue para a morte

Sem nada poder fazer

O rapaz levanta o rosto

Entre soluços se põe a falar

Não demorou muito

E todos se puseram a escutar

_Oh! Meu rei terreno

Não sou burro não

Se não te digo alguma coisa

É que tu não podes me dar a salvação

Confio no rei de cima

Só ele pode salvar

Mas se concede a mim a morte

Como posso reclamar?

PRISCILA AFONSO
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 14/08/2016
Reeditado em 14/08/2016
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