espaço
no ombro,
esse que segura
dos anos, sua passagem
, que ensacola
os detritos de uma vida de bosta,
a noite, com sua guelra
de fome e ausência, estica
sua língua saliente,
mas quem importa
se as 12 horas desse
domingo, imagens poéticas
passeiam nas praças? se
a dureza mais impactante
é esse mundo que está
posto morda quem doer?
fazer do dia um poça de
gasolina, esfregar lhe na
cintura do fogo não é coisa
de gente bem educado, mas
o homem que não somos
pede espaço nessa terra
feita nos gabinetes dos
bem treinados,