MEU CORPO
Engendro a saúde dentre as extravagâncias do destino…
Meu corpo é meu templo, apesar de ser muito franzino,
Ele absorve as maluquices a que o exponho diariamente
E se mantém de pé embora receba do exagero presentes
Que em nada combinam com seu porte educado e quieto.
Simplesmente desrespeito suas nuances de fidalgo, ético
E o elevo às altas potências que o deslumbramento exige
Sem importa-me diante das circunstâncias que são cinzel
Da maturidade… Uso e abuso dos quinhões que a granel
Sustentam-no perante as maravilhas que indicam velhice.
Eis meu corpo! Salpicado das experiências que o grisalho
Guarda como troféus das conquistas e derrotas do tempo,
Das lições que aprendeu e lecionou plenas de fundamento,
Se bem que algumas vezes haja se consorciado à desilusão
E deixado fluir os anátemas que viciam e ferem o coração!
DE Ivan de Oliveira Melo