a garganta das horas
hoje pousarei
nessa costura feita
com os pedaços dos anos,
a luz é intensa nesse
bordel de estanho, a coxa
da noite já se esfrega no meu
sexo, o tempo arranha
a juventude, que se vinga
com esgrima que foge das letras,
quem vai relaxar nesse
lugarejo mal desenhado,
as torres ansiosas se infiltram na
garganta das horas, que
no relógio é apenas forma