ARAMES FARPADOS

na estrada sem começo

atravessei sem me deter

minha derme queimada

cercas de arames farpados

gado preso

gado solto

feras domadas

a beira da estrada

minha saia de lama

pela fresta do tempo

espio

são estrelas na grama

meus cabelos nos fios

é meu novo chegar

minha blusa decora

do espaço a aurora

sou livre,

nas mãos levo névoas

das flores nascidas

do ar, grande gole

perfume de brisa

e árvore ao meio

me fragiliza

na estrada sem fim

ponho meus ingredientes

quem é livre confia

no crente

e crer,

faz o leite

virar um planeta

na estrada sem começo

nesse mundo sem cabeça

o amor tudo gira

respira...

que aconteça !

olguinha costa
Enviado por olguinha costa em 12/08/2016
Código do texto: T5726178
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