tan

o silêncio

mansamente marca

o ponto nesse anoitecer,

é a noite nas almas, gritos

caminham pelos milagres das sombras,

os tambores vociferam pragas

pelos andares mais fundos, os

olhos fumegantes se espalharam-se pelas cabeceiras

do desejos, o coração da janela

nada pode fazer, salvo pulsar

o sangue que espirra dos acontecimentos,

é o apocalipse na sua versão mais

justa, moderna, administrativamente dosada,

pelas mesmas mãos que o criou

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 11/08/2016
Código do texto: T5725818
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