tan
o silêncio
mansamente marca
o ponto nesse anoitecer,
é a noite nas almas, gritos
caminham pelos milagres das sombras,
os tambores vociferam pragas
pelos andares mais fundos, os
olhos fumegantes se espalharam-se pelas cabeceiras
do desejos, o coração da janela
nada pode fazer, salvo pulsar
o sangue que espirra dos acontecimentos,
é o apocalipse na sua versão mais
justa, moderna, administrativamente dosada,
pelas mesmas mãos que o criou