Salmo da Saudação

De recomeços

As cinzas se recolhem,

E moldam nova criatura.

Das caídas de muralhas,

Reforça-se o eu que foi roubado por eles.

Dos caminhos novos,os sóis não morrem mais em vão.

Cumprem-se os planos possíveis

Sem temer a escritos errados.

Ressurgindo para a Aurora

Os braços receberão a vida ,

Sem lança,sem escudo

Apenas com seios desnudos

Para o beijo suave do vento nascente.

De recomeços,o que marcam

São apenas os novos olhares

Do horizonte sobrevivente.

Dos recomeços,há a cura da sangria

Da alma,

Há a quebra da casca velha,

Há vinho novo para o casamento,

Há a renascença do Sublime.

Charlene Santos
Enviado por Charlene Santos em 11/08/2016
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