Breve história de um poema nunca escrito
Eu perambulava pela Pedro Celestino e nada me socorria. Endoidava só. Doía em mim todo o mundo. O motivo? Pensava estar desconforme.
Desconfiei então. Era desassossego de algum verso querendo me possuir. O antídoto era fácil e farto. Tomei jurubeba no Ferreira. Joguei sinuca no Abrão. Dancei no Chaplin. Beijei a menina no Drinks Bar. Exausto, dormi na rua. Dei me por satisfeito. Não houve nem lirismo nem poema. O rio em seu leito corria em paz bolinando as margens.