Um manuscrito perfeito
Sempre vejo o tempo
Num desdobramento além
Bem em frente ao nevoeiro escuro
Levado pela nostalgia
E nas pedras correntes
Encostei a minha angústia
Que surgiu na indiferença
De um propósito oculto e seleto
A esperança é maior que a vontade
De uma janela que se abre em mim
Cheia de desejos e sonhos
Num manuscrito perfeito
Tudo segue em mutação
Recolho-me dentro do sonho
Na sombra explícita
Do meu exílio desvairado
Escrevo um poema de afeto
Não me basta saber que sou amada
Nem só desejo o seu amor
Sigo viagem no voo de um pássaro
E vou muito além da lucidez humana
Que ultrapassa fácil
O esplendor de um belo sonho
Numa fragilidade comovida
Fitei naquela noite o firmamento
Do meu peito saiu o último grito
Dos lábios e dos olhos a torrente
Em lágrimas verticais segui à toa
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