DO LIVRO DE MIRTES
DO LIVRO DE MIRTES
Eu decendo das orgias regadas a lua
das lágrimas nascentes
das ruas
eu vago na imensidão caótica
ela é intensa não é presa
é uma menina vivendo
no meio da floresta
nenhum lugar pra mim fica
entre duas pessoas servidas
eu trago luzes falsas pra serem verdades
quem me seguir erguerá também
sua própria doença
trará o mesmo espírito por mim
invocado
não há maldições quando se aceita
entrar de corpo inteiro
no lugar errado
sua alma partiu nos pesadelos
acorda o desespero
do estranho mágico logo acima
ele te mostra um céu proibido
quem subiu até ele
não teve descendentes
mentiu ser igual a todos
a força que surgiu depois
veio cansar os exatos
e suas verdades notáveis
perderam os ouvidos
tem dentes faltando nas sílabas
terminam escrevendo
mimeses prolixas
pra alguém apaixonado rir
sozinho num lago
próximo ao abismo...
MÚSICA DE LEITURA: SQÜRL - FUNNEL OF LOVE