MAÇA ENVENENADA

Não deixa o ar levar

Suas folhas para longe

Não deixe que a flor

Murche com o desamor do homem

Não permita o horror

Que faz do brilho assombração

Não queira que o livro

Faça do fim ingratidão

Pra que deixar fugir

O aroma que fascina

Para que serve o pincel

Se não houver potes de tintas

O mundo não é mágico

Para ti fazer feliz sozinha

A casa na areia não prevalece

Se vier a ela temporal que arruína

Não vale ficar imóvel

Querendo que venha o amor do nada

O mundo é uma bruxa velha

Que só ti trará maças envenenadas

GLÁUCIA AFONSO
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 09/08/2016
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