PRECIOSIDADES (38)
PERDAS POÉTICAS
Perco, em média, três poemas por semana
por desatenção e desmazelo.
Ainda há pouco um solicitou-me a atenção
e perdulário fingi não vê-lo.
Ah, o que perco por soberba
o que perco talvez por não aceitar
o que eu mesmo me ofereço.
Os que me veem passar
me pensam rico, no entanto,
o que perdi não tinha preço.