O encontro com o vigor em cada flexionamento da existência

Entre malabarismos

E escolioses

Construo, reconstruo, entrenós

E partes de mim

Nos improvisos e imprevistos

O imponderável renova o novo

Fadado a mudança

Ao movimento, a fruição

Tateio no escuro

Até me descobrir

Nas flexões da existência,

Um convite ao encontro com a mais sublime força: resiliência

Diante de mim um véu

Que transpassa todo fel

Abro a janela e vejo as esparsas nuvens que comprimem o sol

Tanto me confundem

Olho pro espelho, esse bendito nevoeiro

Avisto tudo embaçado

Ver tudo claro

Se torna até raro

Aquieto, sereno para observar

Regozijar-me de mim

Como um bambu que se flexiona

Tensionado os seus extremos

Seu retorno é no cume do seu ponto de origem

E verticalizado, o ser encontra com o genuíno: equilíbrio ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 07/08/2016
Reeditado em 28/01/2022
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