Exercício poético I
“O dia nasceu, cansado sentou-se
Esperou pensativamente a noite
Na solidão das estrelas, adormeceu…”
Percorro com a nudez dos dedos
A distância que medeia outras horas
Desvendo roupas e outros segredos
Nas lágrimas que caem quando choras!
Fundimos a noite na linguagem silenciosa,
Na cama solitária vestida de rubras sedas,
Lua tímida, anafada ocultamente receosa,
Escondidos por entre arbustos e veredas!
Cai a noite, beijo salgado, cansado, dormente
Saudade ausente, lábios teus escritos na noite
Gemem as pedras, as ervas, cala-se outra gente
Cai o vento na alma, a brisa nos cabelos, acoite!
Corre a água em direcção ao mar,
Dormente ser cativo, doce (a)mar,
Olhar infinito, nuvens, tempestades,
Azul, céu estrelado, tuas vontades!
Com os dedos assim vestidos de luxúria
Percorro o tempo e a negra escuridão
O vazio da alma sofrimento da penúria
Devoto crente, triste e humana desilusão!
O dia nasceu, cansado sentou-se
Os pássaros irrequietos voaram
Mas o homem, tristemente negou-se,
Esperou pensativamente a noite
Vozes dormentes na mente soaram
Veloz pensamento assim afoite
Na solidão das estrelas, adormeceu
Sonhos de menino, humanas vontades
Palavras duras, puras, certas verdades
De alma despida o ser Amor, enalteceu!
“O dia nasceu, cansado sentou-se
Esperou pensativamente a noite
Na solidão das estrelas, adormeceu…”
Percorro com a nudez dos dedos
A distância que medeia outras horas
Desvendo roupas e outros segredos
Nas lágrimas que caem quando choras!
Fundimos a noite na linguagem silenciosa,
Na cama solitária vestida de rubras sedas,
Lua tímida, anafada ocultamente receosa,
Escondidos por entre arbustos e veredas!
Cai a noite, beijo salgado, cansado, dormente
Saudade ausente, lábios teus escritos na noite
Gemem as pedras, as ervas, cala-se outra gente
Cai o vento na alma, a brisa nos cabelos, acoite!
Corre a água em direcção ao mar,
Dormente ser cativo, doce (a)mar,
Olhar infinito, nuvens, tempestades,
Azul, céu estrelado, tuas vontades!
Com os dedos assim vestidos de luxúria
Percorro o tempo e a negra escuridão
O vazio da alma sofrimento da penúria
Devoto crente, triste e humana desilusão!
O dia nasceu, cansado sentou-se
Os pássaros irrequietos voaram
Mas o homem, tristemente negou-se,
Esperou pensativamente a noite
Vozes dormentes na mente soaram
Veloz pensamento assim afoite
Na solidão das estrelas, adormeceu
Sonhos de menino, humanas vontades
Palavras duras, puras, certas verdades
De alma despida o ser Amor, enalteceu!