BATIDAS DO CORAÇÃO

São descompassadas
Outras, bem pulsadas
Mas, nem todas são amadas
Quando do coração sai amarguradas

 
De quando o coração sai uma faísca
Da língua escapa a calúnia arisca
Ludibriando sua vítima, usa como isca
Diante da ira, o faz cego e mordisca

O próprio veneno que a vida o belisca
Sem a musa, se vê diante do nada e pisca
Ao fracasso da tua ira que o atiça e o risca
Pra sempre do verbo amar a dois à risca...

Agora restam apenas versos sem sentidos
Procurando nos sonetos, teus abrigos
Algo que o faça preencher os tempos idos
Ciúme doentio, foram seus versos traídos


07/08/2016
Ilustração: Google
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 07/08/2016
Código do texto: T5721680
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