CAMINHO MANSO
Na vida que vivi sem tempo de morrer
Andei caminhos de flores, vi sóis e luas
Inalei perfumes, aromas do viver.
Meu riso era bem curto nas palavras nuas!
Faltava-me do amor a cálida presença.
Memórias antigas que tu nem imaginas,
Ilusões de vida num esforço que as vença,
As alegrias fugindo pelas esquinas…
Não há saudade deste tempo adormecido
Que me faça sentir que o vivi sem tormento.
São teus beijos que me acalentam no descanso
Do tempo de viver o sabor sem gemido.
Teus braços me enlaçam doces e sem lamento
E seguimos serenos o caminho manso.
Mírian Cerqueira Leite