Sobras e Sombras
 
O corpo descarregado pela fadiga,
Em si abriga todo o vazio que cabia,
Descompassando ou descamando,
No sono da noite, no clarear do dia.
 
O corpo arqueado pela curva elipse,
O sol se escondendo numa eclipse, 
Mãos trêmulas, olhos entorpecidos,
Arcanjos acovardados e desvalidos.
 
O corpo escavado pela voz da morte,
Em si escovado pelas luzes das luas,
Sobras nuas, andarilhas sobre a vida,
Em sombras não minhas e não suas.
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 06/08/2016
Código do texto: T5721020
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