Dois amigos
Um burro,
Na sombra do outro!
Quem mais poderia saber.
O que ancava,
Levando tudo peso!
O outro que fingia ajudar.
Lá pelas tantas,
Tomaram a estrada sem fim!
Eram os dois burros, pai e filho.
Um, dois... Troc troc, lá vai...
O mais velho, manso de dar dó!
Levava o peso dos dois...
No lombo de um só,
Lá pelas tantas, "bateu com as dez"!
Burro manso "virou os cascos"...
O solidário, de dar piedade...
Vai agora pela sombra de um só.
Lá vai, o novo solitário... De dar dó!