COMO SE FOSSE UMA MARIA FUMAÇA

Café com pão, manteiga, não, piui........

Desde menino a emoção na estação,

mirando a máquina movida à carvão,

comparando-a com as que dão a vida,

elos misturados de chegada e partida.

Cresce espadaúdo e, por associação,

desvenda curioso na Maria de carne

envolvente dialogo em cada detalhe,

do prolongamento do prazer juvenil.

Aqueles aros tão polidos, violentados

na introdução de propulsores, partem

no vai e vem, dança lenta, vai o trem,

gigante nos trilhos, com força vem.

A locomotiva serpenteia, Maria rebola,

aumenta o vai e vem, o trem apita,

Maria grita, ápice maior, não controla

a entrada do túnel gerador da vida.

Jorra com exuberância toda a emoção.

Maquinista e máquinas refeitos agora,

desaceleram seus controles, embora

tudo recomece na próxima estação.

Café com pão, manteiga, não, piui.....

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 05/08/2016
Reeditado em 05/08/2016
Código do texto: T5719868
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