Assim meio assim.
Eu sigo pela vida assim meio,
meus meios não se conspiram,
com as minhas intenções fins.
E sinto meio torto à esquerda.
Às vezes penso que sei os meios,
para o que não remediado está.
Persevero na fé e na esperança,
com olhos voltados para o alto.
Ainda que seja obscura crença,
saber a síntese da minha vida,
há o metabolismo a dilacerar,
os fragmentos dispersos no ar.
Vago pela noite um seresteiro,
sob a neblina, sob a luz da lua,
que ilumina meus passos lassos
sobre as pedras, que sussurram.
Da sacada florida do casarão,
uma voz doce recita os versos,
que falam do amor como fogo,
que acende a minha esperança.
Toninho