O banho da Zefinha

Zefinha uma cabocla

Daquelas bem formosa

Só andava arrumada

E com cabelo cheio de rosas

Deixava os cabras babando

Andava sempre cantando

Quando ia lavar os panos

Na grota das duas rochas

Os moleques já sabiam

Que depois ela ia banhar

E se escondiam na moita

Bem pertinho do lugar

Ninguém queria perder

Chegavam até disputar

A emoção que era ver

Zefinha nua banhar

Agradeço a interação da poetisa DOCE VAL.

Conheci uma Zefinha,

na esquina da minha rua

era uma procissão que a seguia,

quando ela para o riacho passava

com a trouxa de roupa na cabeça,

nas mãos paneladas

o povaréu dizia que da vida ela esquecia,

quando nua lavava e banho tomava...

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 04/08/2016
Reeditado em 05/08/2016
Código do texto: T5718599
Classificação de conteúdo: seguro