O banho da Zefinha
Zefinha uma cabocla
Daquelas bem formosa
Só andava arrumada
E com cabelo cheio de rosas
Deixava os cabras babando
Andava sempre cantando
Quando ia lavar os panos
Na grota das duas rochas
Os moleques já sabiam
Que depois ela ia banhar
E se escondiam na moita
Bem pertinho do lugar
Ninguém queria perder
Chegavam até disputar
A emoção que era ver
Zefinha nua banhar
Agradeço a interação da poetisa DOCE VAL.
Conheci uma Zefinha,
na esquina da minha rua
era uma procissão que a seguia,
quando ela para o riacho passava
com a trouxa de roupa na cabeça,
nas mãos paneladas
o povaréu dizia que da vida ela esquecia,
quando nua lavava e banho tomava...